O gajo alemão de branco

Amigos, estou triste.

Porquê, indagais vós. Penso que não seja tanto o facto de ver o gajo de branco a fazer distinção entre pessoas. Distinguir entre os que são ingleses dos que são africanos ou asiáticos, ou dos que têm o apoio dos media, ou mesmo dos que têm dinheiro o suficiente para serem considerados "eleitos" para uma audiência privada.

Se por um lado fiquei de algum modo escandalizado com a reza privada num santuário dedicado à mãe de Cristo, por outro lado ver o homem que calça as sandálias de Pedro conceder uma audiência privada é muitíssimo mais escandaloso. Atrevo-me a dizer ofensivo.

Convém esclarecer duas coisas neste meu sentimento : Em primeiro lugar, criança alguma neste universo merece ser raptada, maltratada, etc. A bem dizer ninguém merece ... mas as crianças é que nunca, mesmo, de modo algum. Em segundo lugar não me surpreende qualquer tomada de posição de gajos que defendem o "dar a outra face" e "ajudai-vos uns aos outros". Não quando estes próprios indivíduos se refastelam com belas vinhaças italianas limpando as beiças em guardanapos bordados a ouro, enquanto num continente não muito longe morrem milhares de crianças à fome ... não, já não me surpreende. Mas de certo modo até compreendo (posso esclarecer se quiserem, mas não agora ... fica um post muito grande)

Mas ... MAS !!! Grande e enorme MAS !!!!!
O Senhor que é a base desta instituição foi muito claro. Ele não fez distinção entre pobres e ricos, poderosos ou não-poderosos, influentes ou não influentes. Foi de facto bastante claro : a porta está aberta a todos (que é como quem diz, o sol nasce igual para todos). Melhor, assistiu e confortou israelitas, romanos e mesmo prostitutas (que são seres humanos como os outros), nunca elegeu uns acima dos outros. Todos os que pediram ajuda foram ajudados.

E agora este alemão que se veste de branco e brinca aos papas (não é aos papás ... digo eu) tem o descaramento que dizer que estes senhores que foram para os copos e deixaram a miúda sozinha em casa (ou assim rezam os media) têm direito a uma audiência privada.

Estaria tudo bem se esse "privilégio" fosse dado a todos os pais, filhos ou apenas almas a precisar de ser salvas ou confortadas : ter uma audiência privada. Tivessem eles a tradição de emburcar cerveja e deixar os filhos sozinhos ou não. Afinal, inglês que se preze tem que acabar a "evening" na cerveja. Que se lixem os filhos ... long live the queen e essas coisas todas ...

Pergunto eu : que direito têm os pais da Madeleine a mais que os milhares de pais que todos os dias perdem filhos em África ? Bolas, não vamos mais longe ... por toda Europa e até mesmo em Portugal (que finge ser da Europa) existem vários pais vítimas de tragédias. E esses, caros amigos ? E ESSES ? Não merecem audiência privada ? Não merecem capelas em Fátima ?

Mas eu referi que não estava triste por causa do gajo de branco. Esse doido que insulta os profetas das outras religiões, impôe cânticos gregorianos e missas em latim entre outras baboseiras convenientes a um bobo da corte (que foi nesse estatuto que os seus "colegas" o elegeram ...) não tem sequer o respeito mínimo de minha parte para que fique triste ...

Estou triste, creio eu, é pelo facto de esse mamífero ocupar a cadeira destinada porque lhe foi permitido. E do ponto estranhamente lógico que ocupa a minha mente, das duas uma : ou Deus não está muito interessado nestas coisas (o que seria mau) ou é a Sua vontade que o energúmeno do Reitziger atenda em privado os que têm dinheiro ... ou apoio de primeiro-ministro ... ou ingleses ... ou apoio dos media (decidam vós que raio de critério é que o alemão usou). E isto também é mau ...

Assim estou, triste ...

PS : começo a ver que entre este "insulta-profetas" ou o nosso "vou-de-Falcon" não existe muita diferença. A baboseira é a mesma ... mas pelo menos a vergonha não é tanta : pelo menos não é um português a fazer tanta asneira (conhecidos por fazer asneiras já nós somos, mais ainda não obrigado ...)