Desculpem o título e a revolta mas de facto creio que este povo anda a brincar com esta merda toda. Liguei a TV para ver as notícias do mau tempo - nestas coisas há que estar informado. Escusado será dizer que quando ouvi as notícias hoje de manhã na rádio vi logo que nem valia a pena ir para a sede, até porque tenho a grande sorte (que é de facto uma grande vantagem tanto para os trabalhadores como para as empresas) de poder fazer o meu trabalho a partir de casa.
Em primeiro lugar há a lamentar a perda de vidas no acidente de carro. Acidentes daqueles infelizmente acontecem mais fácilmente que as pessoas pensam, principalmente em terra batida ou estradas lamacentas (eu que o diga que já tive um destes acidentes). Em segundos tudo sai das nossas mãos, sem aviso.
Mas entretanto já vi algumas coisas que são de bradar aos céus (e aos infernos) :
Em primeiro lugar vamos a uma pergunta : minhas grandes bestas que governam (ou fingem) este país, quantos invernos este cenário já se repetiu ? Eu respondo, TODOS !!! Não seria altura de começarem a fazer aquilo que, todos os anos, dizem irão fazer no ano seguinte ? A saber, limpar atempadamente os esgotos, providenciar escoamento apropriado nos túneis, principais vias e auto-estradas ? Bolas, é que é todos os anos a mesma coisa e até sabem como evitar ...
Povo, vocês votam neles todos os anos, logo são tão culpados quanto eles. Como diz o outro, falam falam mas ... não fazem nada. E antes que disparem a previsível digo já : já tentei fazer algo por muitos anos, mas este povo realmente não tem remédio - desculpem se ofendo mas de facto são ingovernáveis (que de algum modo explica porque os seus eleitos nada fazem/governam). Resumindo esta conversa toda : a culpa é do povo porque tolera e pior, não exige resultados.
"Ohhh, a minha vida - Parte I" : Assisti a um comerciante na baixa de Sacavém a lamentar-se de ter estragos avultados e a responder à entrevistadora (bonitinha por sinal :-) ) que não tinha seguro em tudo. Amigo, se não tens seguro em tudo e sabes que todos os anos é assim, porque não fizeste, porquê só em algumas coisas, arriscaste para ganhar mais algum não foi ? Mas engraçado também é que o homem ia dizer uma grande verdade - a que está no ponto 1 acima - mas a entrevistadora cortou logo. Os media só querem mostrar os lamentos e são, na minha opinião, outros dos grandes culpados da tristeza que se torna este rectângulo à beira-mar esquecido.
"Ohhh, a minha vida - Parte II" : Pouco depois foi a vez de uma reportagem em directo com outro comerciante, desta feita um asiático (supostamente chinês) proprietário de uma "loja dos chineses". Este semi-chorava enquanto dizia que tinha perdido tudo porque ainda não tinha feito seguro. Quando a entrevistadora lhe perguntou há quanto tempo tinha a loja respondeu : "4 anos". Mas brincamos ? Segundo ele, estava em Portugal há 10 anos e tinha a loja há 4; não conseguiu obter um seguro em 4 anos ?!? Mais uma vez eu respondo : claro que conseguiria, mas não fez. E não o fez porque é assim mesmo que trabalham os asiáticos - arriscam para obter o máximo de lucro. Fazem-no em tudo, faz parte da cultura. Mas bolas, se o fazem aceitem o risco que acompanha; é que as pequenas lojas não conseguem fazer frente à "invasão chinesa" precisamente por causa destas medidas (negócio familiar logo sem segurança para o trabalhador, sem seguros e com produtos fracos e sem qualidade). Será justo para os outros comerciantes ? Não se trata de justiça mas de riscos, novamente. Este ... é o risco e calhou-lhes.
Vamos agora ver o reverso da medalha, só quem nunca teve que tratar com seguradoras é que desconhece as sanguessugas que são; é um negócio maravilhoso. Existem sempre franquias, demoram a pagar e qualquer coisinha serve para negarem pagamento. E mesmo assim podem mudar as regras a qualquer altura com o apoio do Estado (lembram-se da retirada de cobertura na altura do 11 de Setembro ? ). Melhor ainda, alguns seguros são impostos (seguro automóvel entre outros) pelo que é uma mina de ouro (é esse e o negócio da habitação). Claro que mesmo os comerciantes que têm seguro se vão ver à rasca até lhes ser pago (diria mesmo devolvido) aquilo que têm direito por lei. Mais uma vez o sistema judicial favorece os poderosos e esmaga e espezinha os fracos. Mas .... foram vocês que os colocaram lá amigos.
Agora vamos a um caso giro de faz de conta. Faz de conta que eu não tenho que pagar 500 euros por ano para o seguro do carro, faz de conta que não tenho que pagar mais de 100 euros para o seguro da casa (que vai agora aumentar) e faz de conta que não tenho que pagar outro tanto para seguro de saúde. Isto tudo sem ser muito preciso (fazendo as contas por baixo) e ignorando que até pago pouco (também porque tenho pouco, relativamente claro). Tudo isto dá cerca de 700 euros por ano - belas férias não ? O problema é esse : o "Eu que paga os seguros" não vai de férias para o Brasil ou tem que se contentar com algo menos luxuoso, ao passo que o "Eu que não paga os seguros" anda na boa e tem um show de férias - isto sim é vida. No nosso jogo de faz de conta vem o Inverno com as suas cheias (ou o Verão com os seus incêndios) e pimba - lá veio o azar; aí, o que paga os seguros vai travar a "batalha da seguradora" e eventualmente reaver algum do dinheiro perdido, o que não paga vai chorar para a TV e 2 ou 3 dias depois vê anunciado um plano de ajuda do Estado (onde a besta de merda do "Eu que paga os seguros" desembolsa todos os mesitos e não pode fugir). É que não esqueçamos, o Estado somos todos nós e o dinheiro do Estado quem o coloca lá são os contribuintes pagantes - este povo às vezes (todas) esquece isto.
Com tudo isto, e sabendo nós as vantagens que ter o seu próprio estabelecimento comercial tem em Portugal (assim para começar comem mais barato que os restantes e podem por exemplo comprar uma viatura e abater no IRC - com mais volta menos volta à lei). Isto já para não falar nas falcatruas que sempre fazem para escapar aos impostos. Se começarem a não pagar seguros e tiverem o Estado a pagar "extraordináriamente" quando chove a mais, ou a pagar quando chove a menos, ou ainda a pagar quando está calor e quando não está ... dá uma bela vida sem preocupações.
Isto é justo ? Porra, claro que não !!! Por isso, amigos, paguem o seguro, exijam às câmaras que efectuem os arranjos e limpezas necessárias e atempadamente, amealhem nas alturas de bonança para terem em altura de crise. Façam planos e .... gestão do negócio. Afinal isso faz parte de ter o seu próprio negócio, não ? Parem as choradeiras e comecem a trabalhar - é que estas coisas até são previsíveis (todos os anos acontecem).
Pena e tristeza sinto pelas vítimas que perderam a vida, isso sim, é motivo para chorar. Pena também dos que estacionaram o seu carro e viram um muro cair-lhe em cima ou as águas levarem o veículo, ou dos que ficaram presos na piscina que se tornou a estrada em poucos minutos sem que pudessem andar para a frente ou para trás. Todos estes nada podiam fazer ou planear. Simplesmente não tinham escolha ...
Mais uma vez, as desculpas pelo post extraordináriamente negativo (e grande, hehehe) mas esta revolta tem que sair, e mais vale que seja aqui :-)))
Em primeiro lugar há a lamentar a perda de vidas no acidente de carro. Acidentes daqueles infelizmente acontecem mais fácilmente que as pessoas pensam, principalmente em terra batida ou estradas lamacentas (eu que o diga que já tive um destes acidentes). Em segundos tudo sai das nossas mãos, sem aviso.
Mas entretanto já vi algumas coisas que são de bradar aos céus (e aos infernos) :
Em primeiro lugar vamos a uma pergunta : minhas grandes bestas que governam (ou fingem) este país, quantos invernos este cenário já se repetiu ? Eu respondo, TODOS !!! Não seria altura de começarem a fazer aquilo que, todos os anos, dizem irão fazer no ano seguinte ? A saber, limpar atempadamente os esgotos, providenciar escoamento apropriado nos túneis, principais vias e auto-estradas ? Bolas, é que é todos os anos a mesma coisa e até sabem como evitar ...
Povo, vocês votam neles todos os anos, logo são tão culpados quanto eles. Como diz o outro, falam falam mas ... não fazem nada. E antes que disparem a previsível digo já : já tentei fazer algo por muitos anos, mas este povo realmente não tem remédio - desculpem se ofendo mas de facto são ingovernáveis (que de algum modo explica porque os seus eleitos nada fazem/governam). Resumindo esta conversa toda : a culpa é do povo porque tolera e pior, não exige resultados.
"Ohhh, a minha vida - Parte I" : Assisti a um comerciante na baixa de Sacavém a lamentar-se de ter estragos avultados e a responder à entrevistadora (bonitinha por sinal :-) ) que não tinha seguro em tudo. Amigo, se não tens seguro em tudo e sabes que todos os anos é assim, porque não fizeste, porquê só em algumas coisas, arriscaste para ganhar mais algum não foi ? Mas engraçado também é que o homem ia dizer uma grande verdade - a que está no ponto 1 acima - mas a entrevistadora cortou logo. Os media só querem mostrar os lamentos e são, na minha opinião, outros dos grandes culpados da tristeza que se torna este rectângulo à beira-mar esquecido.
"Ohhh, a minha vida - Parte II" : Pouco depois foi a vez de uma reportagem em directo com outro comerciante, desta feita um asiático (supostamente chinês) proprietário de uma "loja dos chineses". Este semi-chorava enquanto dizia que tinha perdido tudo porque ainda não tinha feito seguro. Quando a entrevistadora lhe perguntou há quanto tempo tinha a loja respondeu : "4 anos". Mas brincamos ? Segundo ele, estava em Portugal há 10 anos e tinha a loja há 4; não conseguiu obter um seguro em 4 anos ?!? Mais uma vez eu respondo : claro que conseguiria, mas não fez. E não o fez porque é assim mesmo que trabalham os asiáticos - arriscam para obter o máximo de lucro. Fazem-no em tudo, faz parte da cultura. Mas bolas, se o fazem aceitem o risco que acompanha; é que as pequenas lojas não conseguem fazer frente à "invasão chinesa" precisamente por causa destas medidas (negócio familiar logo sem segurança para o trabalhador, sem seguros e com produtos fracos e sem qualidade). Será justo para os outros comerciantes ? Não se trata de justiça mas de riscos, novamente. Este ... é o risco e calhou-lhes.
Vamos agora ver o reverso da medalha, só quem nunca teve que tratar com seguradoras é que desconhece as sanguessugas que são; é um negócio maravilhoso. Existem sempre franquias, demoram a pagar e qualquer coisinha serve para negarem pagamento. E mesmo assim podem mudar as regras a qualquer altura com o apoio do Estado (lembram-se da retirada de cobertura na altura do 11 de Setembro ? ). Melhor ainda, alguns seguros são impostos (seguro automóvel entre outros) pelo que é uma mina de ouro (é esse e o negócio da habitação). Claro que mesmo os comerciantes que têm seguro se vão ver à rasca até lhes ser pago (diria mesmo devolvido) aquilo que têm direito por lei. Mais uma vez o sistema judicial favorece os poderosos e esmaga e espezinha os fracos. Mas .... foram vocês que os colocaram lá amigos.
Agora vamos a um caso giro de faz de conta. Faz de conta que eu não tenho que pagar 500 euros por ano para o seguro do carro, faz de conta que não tenho que pagar mais de 100 euros para o seguro da casa (que vai agora aumentar) e faz de conta que não tenho que pagar outro tanto para seguro de saúde. Isto tudo sem ser muito preciso (fazendo as contas por baixo) e ignorando que até pago pouco (também porque tenho pouco, relativamente claro). Tudo isto dá cerca de 700 euros por ano - belas férias não ? O problema é esse : o "Eu que paga os seguros" não vai de férias para o Brasil ou tem que se contentar com algo menos luxuoso, ao passo que o "Eu que não paga os seguros" anda na boa e tem um show de férias - isto sim é vida. No nosso jogo de faz de conta vem o Inverno com as suas cheias (ou o Verão com os seus incêndios) e pimba - lá veio o azar; aí, o que paga os seguros vai travar a "batalha da seguradora" e eventualmente reaver algum do dinheiro perdido, o que não paga vai chorar para a TV e 2 ou 3 dias depois vê anunciado um plano de ajuda do Estado (onde a besta de merda do "Eu que paga os seguros" desembolsa todos os mesitos e não pode fugir). É que não esqueçamos, o Estado somos todos nós e o dinheiro do Estado quem o coloca lá são os contribuintes pagantes - este povo às vezes (todas) esquece isto.
Com tudo isto, e sabendo nós as vantagens que ter o seu próprio estabelecimento comercial tem em Portugal (assim para começar comem mais barato que os restantes e podem por exemplo comprar uma viatura e abater no IRC - com mais volta menos volta à lei). Isto já para não falar nas falcatruas que sempre fazem para escapar aos impostos. Se começarem a não pagar seguros e tiverem o Estado a pagar "extraordináriamente" quando chove a mais, ou a pagar quando chove a menos, ou ainda a pagar quando está calor e quando não está ... dá uma bela vida sem preocupações.
Isto é justo ? Porra, claro que não !!! Por isso, amigos, paguem o seguro, exijam às câmaras que efectuem os arranjos e limpezas necessárias e atempadamente, amealhem nas alturas de bonança para terem em altura de crise. Façam planos e .... gestão do negócio. Afinal isso faz parte de ter o seu próprio negócio, não ? Parem as choradeiras e comecem a trabalhar - é que estas coisas até são previsíveis (todos os anos acontecem).
Pena e tristeza sinto pelas vítimas que perderam a vida, isso sim, é motivo para chorar. Pena também dos que estacionaram o seu carro e viram um muro cair-lhe em cima ou as águas levarem o veículo, ou dos que ficaram presos na piscina que se tornou a estrada em poucos minutos sem que pudessem andar para a frente ou para trás. Todos estes nada podiam fazer ou planear. Simplesmente não tinham escolha ...
Mais uma vez, as desculpas pelo post extraordináriamente negativo (e grande, hehehe) mas esta revolta tem que sair, e mais vale que seja aqui :-)))
2 comments:
m que diatribe Buz !! Começas pelo país e governates , passas pelos media, atravessas os comerciantes e viras a esquerda nas seguradoras.
:)
lol, se calhar é porque está tudo no mesmo gigantesco tacho ....
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